A Revolta da Vacina foi uma das revoltas populares mais importantes da história do Brasil. Ocorrida no início do século XX, a revolta teve como estopim a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, imposta pelo governo do Rio de Janeiro em 1904. A medida foi uma tentativa de conter uma epidemia da doença que assolava a cidade. A obrigatoriedade da vacinação foi vista pela população como uma violação da liberdade individual e uma afronta aos valores culturais brasileiros. Além disso, a maneira como a campanha de vacinação foi implementada gerou muitos problemas. Os agentes de saúde foram encarregados de vacinar toda a população, sem distinção de classe social. Isso indignou a elite carioca, que se recusou a receber a vacina e incitou a população a fazer o mesmo. A revolta teve início em 10 de novembro de 1904, quando um grupo de manifestantes contrários à vacinação organizou um protesto no centro do Rio de Janeiro. A manifestação foi reprimida violentamente pela polícia, o que gerou ainda mais indignação por parte da população. Nos dias seguintes, houve uma série de conflitos armados e atos de vandalismo nas ruas da cidade. A Revolta da Vacina durou cerca de uma semana e acabou sendo reprimida pelo governo com o uso da força militar. Muitos líderes da revolta foram presos e condenados. Apesar disso, a campanha de vacinação foi suspensa e só seria retomada alguns anos mais tarde. A Revolta da Vacina teve grande importância histórica, pois evidenciou as tensões sociais e políticas do Brasil da época. A partir dela, a população passou a exigir mais participação e democracia nas decisões governamentais. Além disso, a revolta serviu como um marco na luta contra as injustiças sociais e na defesa dos direitos individuais.campanha da fraternidade
